O “transitório” cargo de prefeito municipal deve ser exercido com o sentimento de honra, altruísmo e de cidadania, tal qual a liderança de Moisés, conduzindo o seu povo para a “terra prometida” que, transportando essa imagem para o presente, seria conduzir Monlevade rumo ao desenvolvimento do século XXI e com sustentabilidade. Consequentemente, o valor da remuneração deste cargo não deve ser visto como algo relevante e sim com a indefinida honra de estar a serviço de seus munícipes. E, nesta árdua missão de liderar o seu povo e de combater as desigualdades, receberia aplausos o seu primeiro ato contido na assinatura de uma histórica portaria, reduzindo o valor mensal de sua remuneração, dos atuais R$16.884,50 para 10.000,00.
A simbologia deste ato representa um convite, um chamado à necessária cooperação de todos a um objetivo comum: estou fazendo a minha parte e você? Com este ato, a economia inicial mensal gerada de R$6.884,50, acrescida de seu custo previdenciário, “na ponta do lápis”, seria de R$8.261,40 que, multiplicada por 48 meses de sua gestão, atingiria R$396.547,20.
A redução dos atuais 18 cargos de Assessorias e de Secretarias Municipais – inclusas aqui as fundações e autarquias - para apenas nove, além da extinção dos três cargos de “adjuntos”, geraria com este ato, uma economia inicial mensal de R$87.037,22 que, adicionando o seu custo trabalhistas e de FGTS somente para esses cargos e do custo previdenciário, a economia mensal gerada seria de R$119.370,83. Multiplicada por 48 meses de uma gestão, “na ponta do lápis”, a economia apurada seria de R$5.729.806,00.
A redução dos atuais cargos comissionados, que giram em torno de 150 ocupantes para apenas 50 cargos de livre nomeação, seria fundamental. Extinguindo também os penduricalhos das gratificações, ponto de discórdia da ação política partidária de compadrios e comumente desprovidas dos méritos técnicos.
O salário médio individual dos comissionados, numa análise bastante “conservadora”, gira em torno de R$3 mil e, consequentemente, este ato geraria uma economia inicial mensal de R$300 mil que, adicionando o seu custo trabalhista (13º salário e de 1/3 de férias) e dos encargos previdenciário e do FGTS, a economia mensal seria de R$430 mil. Multiplicada por 48 meses, “na ponta do lápis” a economia gerada com este ato alcançaria a inimaginável cifra de R$20.640.000,00.
Consequência da ação coordenada destes três atos, a economia total gerada numa gestão de 48 meses, “na ponta do lápis” em números arredondados superaria o valor de vinte e seis milhões de reais, valor este que poderá ser investido em benefício da própria coletividade. Quantas operações bariátricas? Quantos leitos de Uti’s para aumentar a capacidade operacional do Hospital Margarida? Quantos empregos e rendas seriam criados na iniciativa privada com a estruturação de nosso hoje abandonado Distrito Industrial? E ainda recursos não faltariam para serem aplicados em obras civis de monitoramento de canais, de contenção de encostas e de redução dos impactos causados pelas chuvas, e também para a correção mínima obrigatória dos salários dos servidores municipais, dentre outras!
Pensem, reflitam! Mudar é preciso para que Monlevade entre nos trilhos de um novo ciclo de prosperidade sustentável! Pegando carona na onda da “inteligência artificial”, outra questão fundamental é o investimento em tecnologia da informação em todos os setores da municipalidade, tendo como ganho o aumento da “produtividade” da máquina pública e a melhoria da qualidade dos serviços prestados. O investimento em tecnologia tem ainda o condão de funcionar como medida “compensatória” da redução numérica de pessoas com a modernização tecnológica da estrutura administrativa do município. É a nossa Monlevade finalmente sendo inserida e escrevendo a sua história na maratona do desenvolvimento sustentável do século XXI.
Mudar é preciso e a nossa arma é o voto independente e consciente! Ninguém quer perder posições e privilégios! Adotem esta ideia, entrem na luta, protejam os seus ouvidos e não se perturbem com os efeitos dos estampidos dos gritos das hienas famintas que certamente virão! Aliás, as hienas já estão gritando... Silenciosamente! Aguardem o capítulo final!
(*) Delci Couto um livre pensador – Contador, Perito, Auditor e Consultor Empresarial