O termo sustentabilidade refere-se à interação entre todos os elementos da natureza. Animais, florestas, solos, água e ar, trabalham interligados para garantir a conservação da vida. O homem se diferencia dos outros animais pela sua capacidade de pensar e de intervir na natureza.
Com ações humanas incorretas, a natureza toda sofre e resulta vendavais, erosão, assoreamento, enchentes, desequilíbrio climático, extinção de espécies, escassez de água potável e aparecimento de doenças, pondo em riscos as formas de vida, aumento da miséria e de seus problemas sociais.
Preservar os recursos naturais é manter o equilíbrio entre o ar, a água, o solo, as plantas e os animais (nós, inclusive). O ar é indispensável para todas as espécies. Emissão de partículas e gases o polui. Queimadas e desmatamento afetam os solos, a flora e a fauna.
A terra possui 70% de água (97% água salgada). Dos 3% da água doce, 2% se encontram nas geleiras. Apenas a 0,03% da água doce temos fácil acesso. Embora essencial, a água potável está diminuindo pelo aumento exagerado do consumo, desperdício e contaminação das águas superficiais e subterrâneas gerados pelas atividades humanas.
O solo, também indispensável aos seres vivos, também é susceptível ao uso inadequado. Práticas como queimadas, monocultura, uso excessivo de máquinas, lixões e de agroquímicos o degradam. O descuido com o solo causa prejuízos ao ar, à água, aos animais, à flora, à fauna e aos seres humanos.
A flora é também essencial para a manutenção da vida, servindo de alimento e abrigo. São as plantas que absorvem o gás carbônico e liberam o oxigênio, indispensáveis à vida na terra. Ela é toda matéria prima para atender nossas necessidades.
A fauna é a usuária mor dos recursos acima abordados e com eles também interage positiva e negativamente. A integração do homem com a natureza é tão importante quanto a nossa integração entre nós. O entendimento de que somos parte e não proprietários da natureza, propicia a construção de um mundo justo e sustentável.
(*) Caetano Marciano de Souza é monlevadense, engenheiro agrônomo e professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV)