Mais um caso de violência contra a mulher em João Monlevade. Na última segunda feira (31), a imprensa noticiou que um homem, não satisfeito com o término do seu relacionamento, buscou a ex-namorada no trabalho dela no sábado. Ele exigiu a volta do relacionamento e, ao receber a negativa, a obrigou a subir em sua moto e dirigiu para a sua casa. No local, ele a prendeu, impedindo qualquer contato com outras pessoas, o que configura crime de cárcere privado.
Segundo consta, após receber uma denúncia anônima, a Polícia Militar se dirigiu ao local no domingo, cercou o imóvel, a mulher conseguiu fugir e, após negociação, a PM conseguiu conter e prender o homem. Infelizmente, mais um caso grave, lamentável e inaceitável.
Por mais que falamos e repetimos, ainda é necessário alertar sobre violência contra a mulher. Principalmente, sobre o que é a violência doméstica e familiar contra a mulher, quais os tipos e como identificar um comportamento agressor
Já trouxemos que os números da violência cresceram muito nos últimos anos, a quantidade de feminicídio – que é definido como o assassinato de mulheres simplesmente pelo fato de serem mulheres aumentou consideravelmente, estima-se que por dia, 03 mulheres sejam vítimas de feminicídio, o que é um número absurdamente alto e por isso é importante continuarmos debatendo esta questão e procurando meios preventivos e eficazes para erradicar a violência contra a mulher da nossa sociedade.
A mulher precisa ser respeitada enquanto ser humano, nós já mostramos nossa capacidade intelectual, nossa força, dedicação e capacidade para ocuparmos os mais diversos espaços e funções e por isso nossas escolhas precisam ser respeitadas!
O combate à violência contra a mulher, o combate ao machismo é uma luta de todos, é uma luta diária, é uma luta constante. A mulher não é um objeto, não é propriedade de ninguém, sua vida, suas escolhas, só a ela pertencem e isso precisa ser respeitado!
Reforçamos a necessidade de atuação preventiva para que esta realidade mude o mais breve possível e pedimos apoio à toda a sociedade para que condutas semelhantes sejam imediatamente denunciadas. Inclusive, pelas informações noticiadas pela imprensa, foi uma denúncia anônima que salvou a vida desta mulher.
É muito importante reforçar os canais de denúncia da violência que são anônimos e sigilosos: o número 180 para os casos de denúncias e cuja violência não esteja acontecendo no momento e 190 para o caso de violência estar sendo praticada na hora.
Ainda é importante reforçar que em Monlevade temos o BASTA!, coletivo de voluntárias, dentre elas, advogadas e psicólogas, que buscam acolher e orientar as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, valendo o lembrete de que nós mulheres, não estamos sozinhas! Se precisar falar, nos procure, @apoioamulherjm e (31) 98552-3896. Fica o lembrete: Não se cale, ajude a denunciar! Em briga de marido e mulher, ‘’Meta a colher!’’ e salve uma vida. À vítima, nossa solidariedade e apoio incondicional.
(*) Elivânia Felícia Braz é advogada e presidente da AMA- Associação Mulheres em Ação de João Monlevade.