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Editorial 2709
04 de Novembro de 2022
Paz na política

A política sempre foi feita de diálogo entre os divergentes. Na teoria, um lado tem uma tese, o outro uma antítese. Os dois debatem e juntos convergem para uma síntese. Seria muito bom para ser verdade, mas a vida não é uma ciência exata. Assim como a política. Dessa forma, o que se viu no segundo turno das eleições, não foi bem assim. Ataques, críticas, fake news e até o não reconhecimento dos resultados das urnas, com tentativa de golpe, comprovam o quanto é preciso evoluir politicamente. 

 

Os livros de história terão muito o que dizer sobre o pleito de 2022 que foi o mais marcante em décadas. Houve muitos fatos: nunca um ex-presidente candidato à reeleição havia perdido um segundo turno; nunca houve tão pouca diferença nos votos; nunca uma polarização foi tão acirrada e nunca houve dois candidatos tão populares num confronto direto. Sem falar que Lula é o primeiro presidente do Brasil a chegar ao terceiro mandato. 

 

Passada a eleição, é hora de aplacar os ânimos e torcer para o Brasil tornar-se melhor. João Monlevade e região não são uma ilha e vão precisar de muita atenção. Afinal, há muitas pautas que dependem do governo federal, entre elas, a mais importante, a duplicação da BR-381 (já prometida por Lula). Mesmo as lideranças, sobretudo as empresariais, que não apoiaram o petista, precisam se unir para conseguirmos essa obra. Do contrário, vamos continuar sem nada e com prejuízos para toda a população.

 

A alternância de poder é uma virtude. O respeito ao bem comum precisa estar acima de qualquer divergência. A partir de 1º de janeiro de 2023, muda o governo e mudam também as oportunidades. Haverá impactos? Sim. O que se espera é que esses sejam positivos e que a vida de todos melhore.

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