O objetivo do Abril Verde é conscientizar empregadores e empregados sobre a segurança no ambiente de trabalho. Mas por que abril foi o mês escolhido? A história nos conta que, em 1969, nos Estados Unidos (EUA), uma explosão numa mina matou 78 empregados. Dessa forma, o mês é uma forma de lembrar as vítimas de acidentes e doenças do trabalho.
E, mesmo atualmente, com uma legislação do trabalho onde existe obrigações e deveres de empregadores e empregados, os acidentes são recorrentes, desde pequenos ferimentos aos mais graves. A conscientização é sempre a melhor forma para a prevenção. Porém, uma cultura prevencionista eficaz depende de todos.
A explicação não é tão difícil de entender. Todo acidente pode ser evitado e grande parte deles é causado por falha humana. Principalmente, quando o indivíduo não se preocupa com a sua segurança nem do seu colega. Claro que produzir é o foco. Mas, e se no processo há um acidente ou uma fatalidade? Um pai, uma mãe, um filho ou filha, um irmão ou irmã, que não voltarão para casa, é a dor maior de uma família. Pense: se a empresa perde a mão de obra, é a família quem perde as pessoas.
É fundamental pensar sempre que a nossa saúde é o nosso bem maior e também para as pessoas que amamos. Ao longo dos tempos, quantos empregados não tiveram que pagar algum trabalho ou demanda com sua própria vida? E afinal, para quê?
E outra pergunta merece ser feita: e os acidentes e as doenças ocupacionais? Essas são até mais preocupantes. Somente o tempo para se desenvolvê-las e se medidas dos empregadores não forem tomadas, elas se tornam doenças e em alguns casos são irreversíveis. Você já parou para pensar a forma em que trabalha, como trabalha, o tempo em uma determinada posição, exposição a algum produto químico, ruído excessivo que escuta? Pois é. Se nunca refletiu sobre essas situações, então reflita. Depois de uma doença ocupacional, sua vida pode mudar radicalmente e em alguns casos, essa mudança impacta para o resto da vida. Para termos o nosso trabalho bem feito, temos que ter saúde. E saúde deve ser para todos. Pois somos um elo, uma engrenagem que, uma vez rompida, pode nos causar danos irreversíveis. Aproveite esse mês de conscientização e faça reflexões sobre como tem trabalhado.
(*) Alessandra Lima é monlevadense, técnica em Segurança do Trabalho e bacharelanda em Direito