Faltando um ano para as eleições em todo o país, como está o cenário em Monlevade? Numa análise simples, é nítido que a oposição ao atual governo está desmantelada e não consegue se juntar em torno de um nome viável para as eleições do ano que vem.
Aliás, embora alguns grupos estejam se reunindo, falta uma identidade à oposição. O que propõem para a cidade? O que pensam as principais pessoas do grupo? E quem seria o nome em consenso para enfrentar o atual prefeito Laércio Ribeiro (PT)? Como disse, nomes há. Mas nenhum desponta de forma robusta para ir com tudo, numa polarização com Laércio. E se não polarizar, o caminho para a reeleição do chefe do Executivo fica mais fácil.
Por outro lado, enquanto a maioria olha na mesma direção, uma observação tem ficado de fora: e se surgir uma surpresa, que seja a real novidade nas eleições? Embora nenhum nome esteja à vista, nada impede que possa surgir alguém com ideias, propostas e represente uma real mudança, capaz de balançar o cenário eleitoral.
O que temos hoje mesmo é um governo bem avaliado pela população, mesmo tendo que melhorar em muitas áreas. Por outro lado, uma oposição perdida em si mesma, sem rumo e muito pouco propositiva. Claro que, em um ano, muita coisa pode mudar.
Mas insisto em repetir que falta um projeto de cidade para Monlevade. Não um projeto político. Mas um plano de ação que transforme o município para melhor. Isso vale para a situação e ainda mais para a oposição. Portanto, a pergunta é: o que os eleitores podem esperar do gestor do próximo mandato?
Pensando que, justamente nos próximos quatro anos, a cidade vai receber recursos vultosos com a expansão da Usina e o início da nova operação, que ações de fato estão sendo pensadas para tirar Monlevade da mesmice e colocá-la no patamar que deve e merece? Se o prefeito Laércio vai para a reeleição, quais os projetos para o futuro? O que não foi feito em quatro anos que pode ser realizado e o que pode melhorar? A mesma pergunta vale para a oposição: o que ela se propõe a fazer? O município é bem maior que o mero desejo de qualquer um de vencer por vencer.
No último artigo que escrevi nesse espaço, falei que Monlevade precisa de ousadia para evoluir. Sugeri algumas ideias e ações que podem contribuir para uma nova cidade. Mas será que os pré-candidatos estão preparados para esses desafios?
(*) Erivelton Braz é editor do A Notícia e fundador da Rotha Assessoria em Comunicação