Alunos da Escola Estadual Luiz Prisco de Braga têm mergulhado e resgatado histórias de João Monlevade, através do projeto Narrar é Resistir. A proposta estimula a pesquisa, o registro e o estudo das histórias locais. A ideia é promover um encontro dos alunos, da comunidade escolar com a(s) história(s) e memória(s) da cidade.
Além disso, a iniciativa incentiva e aponta à comunidade local, a importância da preservação de sua história, a fim de manter a identidade cultural. Além disso, promove a empatia através da ação social. Isso, porque os alunos promovem a arrecadação de alimentos a serem repassados para entidades beneficentes. O projeto é realizado pela professora Vanda Cupertino de Moura com as turmas do 1º e 2º ano do Novo Ensino Médio. Parabéns aos alunos e a professora pelo projeto.
Existimos porque resistimos. E nossa memória cultural, nossos arquivos, nossos patrimônios são fundamentais para a construção da identidade do município. Afinal, o que é ser monlevadense? O que nos diferencia dos demais moradores de outras cidades? É exatamente a diferença que nos define: somos assim, porque não somos de outro jeito. Isso é o que nos caracteriza enquanto povo.
Conforme o projeto, os alunos vão construir um arquivo digital com o acervo produzido e que será disponibilizado para a população. Outro acerto: é preciso tornar acessível todo o material com a devida difusão. Narrar é uma forma de manter vivas tradições, memórias, saberes, valores e a cultura local. E quanto mais pessoas conhecerem, melhor. Por isso, é necessário que Monlevade tenha um museu, um centro de cultura e memória disponível e com acessibilidade, para que os cidadãos e visitantes conheçam mais a respeito da cidade. Monlevade merece e precisa desse espaço de preservação da história e memória locais. Antes que nos esqueçamos de quem somos.
(*) Erivelton Braz é editor do A Notícia e fundador da Rotha Assessoria em Comunicação