A falta de interessados em participar do leilão de concessão da BR-381, previsto para acontecer hoje (24), foi um balde de água fria em prefeitos, associações e lideranças regionais. No entanto, não houve interessados para administrar a rodovia. Sem propostas, o leilão do trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, é adiado pela terceira vez.
A obra é considerada uma das mais difíceis no Brasil e com muitos desafios. Entre esses, desapropriações de 800 famílias, altos custos e desafios de engenharia. A previsão era investimento de R$10 bilhões ao longo dos 30 anos de contrato. E o valor não foi suficientemente atrativo para a iniciativa privada se interessar pelo serviço.
Agora, é urgente que se busque a viabilidade desse projeto, tão esperado há anos. Só assim, vamos resolver os problemas que impactam diretamente a vida das pessoas do Médio Piracicaba e de todo o país, sobretudo, nos acidentes que ceifam vidas e fazem vítimas a cada dia.
O Ministério dos Transportes precisa fazer algo para inibir as desistências, melhorar estratégias e ações para atrair os investidores. Enquanto isso, governo, sociedade civil, prefeitos e entidades da região, devem se unir para cobrar e garantir medidas concretas junto a políticos e empresas de toda a região, abraçando todos a pauta da duplicação da BR-381. Sem isso, é desistir de ver essa obra fundamental a cada dia mais distante de ser finalizada.
