Após o fracasso do leilão da BR-381, que aconteceria no fim de novembro e que foi cancelado por falta de interessados, a região vai a luta por melhorias. Através do Movimento Pró-Vidas, que tem à frente o ex-vereador monlevadense Clésio Gonçalves, uma comitiva com lideranças regionais vai a Brasília na próxima semana, reivindicar e apresentar propostas ao Ministério dos Transportes. Com apoio incondicional e patrocínio da Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Piracicaba (Amepi), o grupo busca soluções para que o próximo certame seja mais interessante, para atrair interessados e fomentar melhorias na estrada.
Enquanto isso, também na próxima semana, a Amepi se reúne com associações comerciais para discutir propostas e alternativas para o processo. A articulação regional é de extrema importância. Afinal, o traçado mais perigoso da rodovia está na região. Para se ter ideia, foram 154 vidas perdidas só em 2022, no trecho entre Belo Horizonte e João Monlevade.
E mais. Além da perda de vidas, cálculos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) apontam que Minas Gerais acumula prejuízos econômicos devido à precariedade da rodovia. Segundo reportagem do Jornal O Tempo, no período chuvoso do ano passado, as más condições da 381 elevaram o frete do transporte de carga em R$2 milhões por dia. Com fretes caros, que empresas vão querer se instalar na região?
Mesmo que a duplicação tenha ficado mais distante, é necessário e urgente que sejam feitas intervenções no traçado. Condições do asfalto são precárias, falta sinalização e terceiras pistas para dar mais fluidez ao tráfego. O gargalo da entrada e saída de Belo Horizonte continua sendo um suplício e teste de paciência. É uma questão que precisa ser resolvida em primeira ordem. E muito mais pode e deve ser feito.