Com muita honra, fiz parte da comissão especial que escolheu as homenageadas deste ano para receber o diploma “Mulher Construtora da Democracia”. Também compuseram a comissão o vereador Gustavo Maciel e a representante do Conselho da Mulher Monlevadense, Renata Braz. A honraria é concedida pela Câmara Municipal de João Monlevade há mais de 10 anos, e ocorre em alusão ao Dia Internacional da Mulher, como reconhecimento do importante papel da mulher na sociedade.
As homenageadas foram a empresária, diretora da Acimon e presidente do Comitê Permanente de Desenvolvimento de João Monlevade (CP10), Elizete Isabel Vidal; a advogada e presidente da Associação Mulheres em Ação (AMA), Elivânia Felícia Braz; e a cantora e gerente de vendas Natália Regina Rodrigues Grigório. Três mulheres com história de vida inspiradora, engajadas em projetos sociais e que merecem receber esta e quantas outras homenagens lhes forem concedidas. Elas representam muito bem todas as mulheres de nossa querida João Monlevade.
Durante a cerimônia de entrega, na última quarta-feira, além de exaltar as homenageadas e desejar que continuem a trilhar o caminho de sucesso, seja pela coletividade ou pelo crescimento pessoal, eu utilizei meu tempo de tribuna como representante da imprensa local para exigir respeito.
Na presença de uma Câmara totalmente composta por homens, não me traria conforto comparar a situação da mulher em relação ao homem, nem defender conquistas ou lamentar o atraso delas.
Basta uma rápida pesquisa pelo Google para que possamos encontrar milhares de referências e pensamentos que marcam o dia 8 de março como Dia Internacional da Mulher. Mas a mulher ainda é desrespeitada, na maioria das vezes, durante todos os momentos da sua vida, seja na área profissional ou pessoal.
Não estamos em busca de conquistas, de solidariedade ou apoio. E não continuamos mais com o pires na mão, nem pedindo nenhum favor. Isto já é coisa do passado. O que queremos, e exigimos, é respeito e igualdade de oportunidades.
Frases de efeito e discursos repetitivos no Dia Internacional da Mulher não nos interessam mais. Queremos olhos nos olhos, e o reconhecimento prático e sincero de que já representamos a maioria da população, com força e capacidade de trabalho.
Nos respeitem para serem respeitados.
Não somos as mulheres de 8 de março, mas as mulheres do ano todo.