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23 de Fevereiro de 2024
Monlevade empossa novos integrantes do Comsea

A Prefeitura de João Monlevade empossou na terça-feira (20) os conselheiros que integram o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsea). A solenidade foi presidida pelo chefe de Gabinete, Geraldo Giovani Silva, e conduzida pela secretária municipal de Assistência Social, Marinete da Silva Morais. A mesa que dirigiu os trabalhos ainda foi composta pelo secretário regional da Cáritas Mineira, Samuel da Silva, e pelo ex-prefeito e vereador, Gustavo Prandini (PCdoB), responsável pela elaboração da lei que regulamenta o Comsea.
Marinete Morais falou da satisfação de reativar o conselho que estava inoperante há oito anos. “Desde 2016 que o conselho está desativado. Então é uma satisfação muito grande ver um órgão com essa importância voltando ao trabalho. Somos muito gratos às pessoas que se envolveram para reativar o conselho, sendo esse mais um compromisso cumprido por nossa gestão”, afirmou.
Geraldo Giovani mencionou a importância do Comsea em uma realidade que é desigual em todo o país. “Somos um país que bate recordes de produção de alimentos, e ao mesmo tempo tem uma grande parcela da população que não tem acesso às três refeições diárias. O Comsea tem grande importância no acompanhamento da implementação de políticas direcionadas ao combate à desnutrição e à produção de alimentação saudável”, afirmou.
A primeira reunião do conselho está agendada para a próxima quinta-feira (29), às 14h, na Casa da Cidadania. Na ocasião serão trabalhadas a organicidade da diretoria e da secretaria executiva no Comsea.

 

Em Monlevade 

“Insegurança alimentar é menor que a média brasileira”, diz secretária

 

Em João Monlevade, a  insegurança alimentar da população é menor que a média nacional. A afirmação é da secretária municipal de Assistência Social, Marinete Morais, durante a posse do Comsea. Segundo ela, a pasta praticamente não recebe relatos de cidadãos em estado de inanição. 
Marinete citou dados que indicam que 33 milhões de brasileiros, quase um sexto da população, vivia em insegurança alimentar, quando não há certeza de que suas necessidades nutricionais poderão ser adequadamente cumpridas. Pessoas que dependem de benefícios sociais para sobreviver, por exemplo, são consideradas em insegurança alimentar. Segundo ela, atualmente, há 7.423 famílias inscritas no Cadastro Único de benefícios sociais em João Monlevade, com 9.323 pessoas assistidas, correspondendo a 11,59% da população. 
Segundo Marinete, a quase erradicação do estado de fome deve-se às políticas de assistência social presentes na cidade, como o Cartão Cesta Cidadã da Prefeitura e o Bolsa-Família nacional. O benefício municipal é concedido a cerca de 400 famílias, que recebem um cartão para comprar alimentos no comércio conveniado. 
Os dois Centros de Referência em Assistência Social (Cras) também atendem aos cidadãos com necessidades específicas, com uma média de 100 cestas básicas eventuais. Ainda há cerca de 80 mulheres que recebem o auxílio-natalidade. 
Sobretudo, Marinete destaca a grande solidariedade e generosidade do povo monlevadense: “Muitas vezes, a sociedade civil descobre que alguém está precisando de alguma coisa, de algum alimento, é já se dispõe a ajudar, até antes de nós. O povo é muitíssimo bom!”. 

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