Desde 1984
Erivelton Braz
05 de Novembro de 2021
É preciso ter grandes sonhos

“A gente tem mania de pensar pobre e traçar coisas pequenas. E pobreza atrai pobreza. Tenha metas ousadas”. A frase poderia ter saído de um livro ou post de auto ajuda. Mas é um conselho da empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza e única brasileira presente na lista de 100 pessoas mais influentes do mundo, da revista Time, em 2021. E que lição podemos aprender com ela?

Ora, aquela de que sonhar grande ou sonhar pequeno dá o mesmo trabalho, mas gera resultados diferentes. Também aprendemos que, diante da nossa realidade, marcada pelos problemas cotidianos (boletos a pagar, tentativa de emagrecer e da ansiedade que nos consome nesses tempos duros), não nos permitimos mais sonhar grande. Isso, porque acreditamos que não merecemos ter uma vida extraordinária e fora do comum. 

Fico pensando nos prefeitos eleitos em 2020 e que caminham para o fim do primeiro ano de mandato. Qual sonho grande eles têm? O que esperam fazer em seus municípios e que, de fato, vai mudar para melhor a vida das pessoas? Inclusive, ajudando-as a sonhar grande também? É preciso, em primeiro lugar, acabar com a política de varejo, aquela somente voltada para as coisinhas do dia a dia. 

Nunca precisamos tanto de políticos capazes de enxergar além das montanhas, pensando nas futuras gerações e não só nos problemas cotidianos. Sobretudo, precisamos de líderes políticos capazes de sonhar e de fazer as pessoas sonharem juntos. Para tanto, é preciso recuperar a credibilidade na classe política. Prefeitos, vereadores e lideranças devem se aproximar dos cidadãos e se afastar do velho jeitinho consolidado ao longo de décadas. Dá para fazer diferente e nunca foi tão importante lançar um olhar diferente para a política.

Ano que vem teremos eleições para presidente, governador, deputados estaduais, federais e senador. É hora de escolher os que seguirão à frente do povo buscando a grandeza. Precisamos de políticos para a grande política, a de construir o amanhã, apesar das dificuldades de hoje. Sem esse olhar, vamos perder tempo preocupados com a banalidade de uma vida sem esperanças.  


(*) Erivelton Braz é editor do A Notícia e fundador da Rotha Assessoria em Comunicação

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