Desde 1984
Erivelton Braz
21 de Julho de 2023
Hora da onça beber água

Com as eleições municipais previstas para o dia 2 de outubro de 2024, restam cerca de 1 ano e dois meses para que os eleitores voltem às urnas para escolherem prefeitos e vereadores. É a democracia sendo exercida pelo direito sagrado do voto. A campanha, muito embora oficialmente comece 45 dias antes do pleito, o processo eleitoral já movimenta os bastidores nos municípios.

Dessa forma, seja prefeito ou vice nos atuais cargos, ex-prefeitos, ex e atuais vereadores, ou simplesmente pré-candidatos, estão de olho no que pode ser feito para cacifarem seus nomes. E estão mais que certos. O momento é ideal e propício para o trabalho de edificação de um projeto político, visando a disputa eleitoral de 2024.

Isso, porque a contagem regressiva já começou. Sempre digo em meus trabalhos de assessoria política e marketing eleitoral, que a campanha tem a função de fixar nome e número do candidato. A trajetória, a caminhada, os seus posicionamentos e pensamentos para a municipalidade devem estar evidentes desde já. Afinal, o período para pedir votos é muito curto para deixar alguém muito conhecido. A pessoa precisa chegar para a campanha com o eleitor sabendo minimamente quem é ele ou ela e o que pretende. O tempo urge e quem ainda não decidiu se será ou não candidato, já está atrasado. E muito.

Agora é a hora. Os prefeitos em cargos eletivos precisam fazer uma revisão de seu secretariado se querem vencer as eleições. Muita gente é boa para a governabilidade, mas não quer dizer que tenha perfil para vestir a camisa na eleição. Além disso, quem quer se reeleger, precisa minimizar os ruídos e apagar os incêndios dos pontos mais mal avaliados do governo. Em pouco mais de um ano, mesmo que não haja tempo hábil para corrigir problemas, dá para diminuir os impactos negativos da gestão.

Em Monlevade, por exemplo, será que o prefeito, o vice e toda a cúpula do governo estão satisfeitos com todas as secretarias, divisões, fundações e autarquias? Vale uma reflexão: quais são os pontos nefrálgicos que têm dado mais dor de cabeça e ampliado a avaliação negativa da gestão municipal? Se não fizeram essa pergunta, estão perdendo tempo e abrindo espaço para a oposição. Se já fizeram, quais medidas serão providenciadas para resolver? Governar não é fácil e se reeleger com fraquezas é mais difícil ainda.

Se quem está nos cargos eletivos e quer continuar precisa rever posturas, condutas e avaliar o mandato, por outro lado, a parcela considerável de pré-candidatos deve alinhar ações, corações e mentes de acordo com o que a população quer para a cidade. É hora de ouvir o clamor do povo, o que muitas vezes, quem está no mandato não consegue fazer. 

O momento é da onça beber água. Está na hora de se antenar com a população, melhorar sua comunicação e ajustar os canais com os cidadãos. Com a tecnologia, poucos recursos e criatividade, é possível levar a informação, na velocidade da luz, para cada cantinho da cidade. Hoje, em poucos minutos, aquele político que não possuir boa orientação, profissionais especializados na sua assessoria, não será capaz de interagir, reagir, decidir com a mesma velocidade e precisão do seu opositor. 

Desde as últimas eleições, a informação, estratégias, planejamento e táticas foram fundamentais no processo eleitoral. E agora, essas eleições não serão diferentes. Quem se comunica melhor, tem as melhores condições de encarar os desafios e vencer. A hora é agora. 

(*) Erivelton Braz é editor do A Notícia e fundador da Rotha Assessoria em Comunicação

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