Desde 1984
Erivelton Braz
12 de Janeiro de 2024
Eleições já batem à porta

O ano está só começando, mas a pauta é inevitável: eleições 2024. Em nove meses, o Brasil vai às urnas escolher prefeitos e vereadores para os próximos quatro anos. Em Monlevade, o prefeito Laércio Ribeiro (PT) já sinaliza interesse na reeleição e, segundo bastidores, está tudo encaminhado para a presidente do MDB, a ex-vereadora Dorinha Machado, ser a candidata a vice. 
Ela é uma das mentoras do grupo que elegeu a maioria dos vereadores e que conta com um dos grandes articuladores da política, o atual vice Fabrício Lopes. Ou seja: se a vitória vier, Laércio seguirá prefeito e terá um governo com forte presença dos correligionários de Dorinha, Fabrício, Machadão e seus aliados. 
Isso também é esperado para ocorrer na Câmara Municipal. São 15 parlamentares que querem continuar nos cargos e outros tantos que querem entrar. O mesmo grupo de Fabrício quer manter o maior número de cadeiras e já começaram as divisões de qual nome vai ocupar um partido, de olho nas melhores chances de vitória. Muitos dos que estavam em outros agrupamentos, hoje já convergem com a situação. 
Por outro lado, já se especulam alguns nomes que podem vir fortes ao Legislativo e que devem surpreender. É esperar para ver a apuração do resultado. Fato é que quem está dentro não quer sair e quem está fora quer entrar. De todos, restarão 15. Dos atuais, quem continua? E quem será eleito como novidade? Em 2020, nas últimas eleições, foram nove novos nomes. Será que o índice de reeleição será alto neste pleito? Façam suas apostas.
Neste ano, as redes sociais devem dominar as campanhas, mas os candidatos não podem se esquecer de que o eleitor está em todos os canais. E quem deixar para a última hora pode perder o trem da história. Quem é político faz política toda hora e o tempo todo. Os 45 dias de campanha servem apenas para consolidar nome e número na urna. O político que queira se eleger já trabalha e constrói sua trajetória. 
E falando em campanha, a polarização entre o presidente Lula e o ex, Jair Bolsonaro, não deve ter tanto peso nas cidades do interior. Essa disputa ideológica deve ficar nas capitais e grandes cidades, sobretudo do Sudeste. Nas de médio e pequeno porte, aponta o cientista político Felipe Nunes, o peso maior será na zeladoria dos municípios e bem-estar do cidadão. Ou seja, terá mais chance o prefeito que cuida da cidade, faz obra e cuida das pessoas. 
Por isso, é provável que a maioria das cidades da região reeleja seus atuais prefeitos sem muita dificuldade. Porém, de uma hora para outra, tudo pode mudar. Não existe jogo ganho e a eleição só termina após a apuração no dia 6 de outubro. Quem pensa que já ganhou, na verdade, tem mais chance de perder. 
E em Monlevade, como fica o cenário da disputa? Carlos Moreira, que está inelegível, conseguirá reverter a situação e vai para a disputa? Conceição Winter, que tem a pré-candidatura defendida pelo PDT, vai mesmo oficializar seu nome? E Djalma Bastos, que não nega o desejo de se candidatar? Vai dessa vez? Tem ainda José Roberto (Óticas Americanas), que não esconde o desejo. Luiz Carlos Freitas e Delci Couto que disputaram as últimas eleições será que tentam mais uma vez? Ou surgirá um nome novo que vai sacudir o cenário? O tempo dirá e não demora porque as eleições já batem à porta. 

 

 (*) Erivelton Braz é editor do A Notícia e fundador da Rotha Assessoria em Comunicação

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