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Editorial
19 de Janeiro de 2024
O dever de cada um

A explosão do número de casos de dengue assombra João Monlevade. Em 2023, o município teve 88 vezes mais registros da doença que no ano anterior. Já os casos da febre Chikungunya cresceram 36 vezes no ano passado em comparação a 2022. Felizmente, ninguém morreu nos dois anos. Nas ruas, através das conversas, o cidadão já percebe o crescimento das ocorrências, pois muitos conhecem alguém infectado por alguma doença transmitida pelo vírus. 
Claro que o poder público tem sua parcela de responsabilidade, pois precisa limpar as áreas públicas, aplicar os produtos químicos adequados e fiscalizar os espaços que podem servir de criadouros para os mosquitos transmissores. No entanto, evitar a multiplicação do Aedes aegypti cabe ao cidadão, ao indivíduo.
 É ele, não o município, quem tem de limpar o lote, tampar a caixa d’água, cobrir os pneus velhos, virar boca abaixo as garrafas, encher de areia os vasos das plantas. O monlevadense deve abandonar o costume infantil (e, muitas vezes, insensato) de terceirizar todas as suas responsabilidades para a Prefeitura, e assumir-se como um ser responsável e adulto. 
Certamente, a dengue, a Chikungunya e a Zika não são problemas exclusivos de João Monlevade. Mas os munícipes não podem permitir que a cidade se torne centro de uma epidemia de moléstias disseminadas pelo Aedes aegypti. O monlevadense deve assumir a frente na batalha contra o mosquito. É o dever de cada um agir com a prevenção.

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